Por que é o momento exato para internacionalizar os investimentos?
- Maria Júlia Petroni
- 5 Min
- 28 de outubro de 2021

A importância de internacionalizar os investimentos não é novidade para o mercado. Há tempos essa necessidade tem sido falada por profissionais da área como analistas e assessores de investimentos. Mas por que é o momento exato para internacionalizar os investimentos?
No entanto, o cenário atual e o que está por vir, acendeu ainda mais essa necessidade. E agora, quem não diversificar sua carteira com ativos internacionais provavelmente vai ter seus rendimentos atingidos pelo Risco-Brasil 2022.
Porque uma coisa é certa: diversificar não significa apenas investir em ativos brasileiros diferentes. A essência da diversificação verdadeira vai além e precisa atravessar regiões e nacionalidades.
O intuito de diversificar é exatamente esse: alocar em ativos que sejam descorrelacionados um do outro, ou seja, que se movem de maneiras e com interferências externas diferentes. Assim, a carteira de investimentos fica equilibrada mesmo que um dos ativos esteja indo mal.
Aliás, em um dos nossos dias do BlueTalks, o estrategista-chefe da Blue3 fez a seguinte colocação: “Uma boa carteira de investimentos sempre vai ter um ativo que está indo mal”.
Você pode, inclusive, clicar aqui e assistir.
Por que é necessário investir no exterior?
O motivo principal é esse que citamos acima: diversificar os investimentos para uma performance equilibrada da carteira de ativos.
Em outras regiões, como Europa e Estados Unidos, essa já é uma cultura bastante comum. Principalmente porque quando ocorre uma crise doméstica, os investimentos são diretamente impactados e expostos à volatilidade.
Dessa maneira, a alocação internacional em economias mais estáveis, garantem a segurança que o investidor precisa no momento, evitando os riscos sistêmicos e conjunturais.
O mesmo acontece com a desvalorização da moeda local. Por exemplo, em 2020 o Real foi a moeda com pior desempenho em comparação com os demais países emergentes do mundo.
Essa desvalorização e volatilidade da moeda brasileira é puxada naturalmente pela incerteza política e pelo quadro fiscal delicado. Dessa forma, a pessoa que investe em moedas fortes está protegendo também o seu poder de compra.
Para você visualizar melhor, listamos os tópicos que demonstram os benefícios do investimento no exterior:
- Exposição aos principais temas de investimentos em todo o mundo;
- Exposição à moedas fortes, imunes dos problemas inerentes aos países emergentes;
- Adição de ativos com descorrelação dos investimentos no Brasil;
- Melhora da relação risco x retorno, através da diversificação.
Além disso, é importante lembrar que hoje o Brasil representa aproximadamente 3% do PIB mundial, sendo 2% de renda fixa e 1% das ações.
Dessa forma, é possível entender que investir no exterior não é apenas um luxo, mas sim, parte de uma estratégia de acessar boas oportunidades para os seus investimentos.

O que é o Risco-Brasil 2022?
A instabilidade nos investimentos, a incerteza econômica e a inflação já nos avisam sobre como será o cenário do próximo ano.
Além do risco fiscal iminente, a crise hídrica e o país tentando se reerguer a todo custo dos impactos causados pela Covid-19, teremos o plus das eleições presidenciais.
Como todos já sabem, as eleições têm deixado uma nuvem de dúvidas e não sabemos o que irá acontecer, mas sabemos que essa insegurança política pode causar estragos no mercado financeiro.
Todo país tem um risco soberano, que no nosso caso, é chamado Risco-Brasil. E, por esse motivo, uma pesquisa realizada pela XP Investimentos mostrou que 51% dos clientes pretendem diminuir a exposição ao mercado acionário em 2022.
Mas, existe uma saída?
Existe sempre uma saída, mesmo em cenários muito ruins. Na última semana de novembro, a Blue3 realizou uma Webinar com nosso chefe-estrategista Thiago Nemézio e Daniel Haddad, diretor de investimentos da Avenue, uma corretora dos Estados Unidos.
Na Webinar com o tema “A grande oportunidade em um 2022 incerto?”, os profissionais falaram sobre o comportamento do mercado e investimentos no exterior, que é a principal saída para superarmos o cenário do ano que se aproxima.
Primeiramente, Haddad já deixou uma reflexão de suma importância: “O mercado financeiro não é só sobre o que você sabe, mas de como você se comporta”. Por isso, o caminho para a porta de saída da crise é sempre o da calma.
É essencial entender que existe a crise, mas que o emocional e a ansiedade não podem tomar conta do investidor nesse momento, pois elas podem ser muito prejudiciais e fazer com que várias decisões equivocadas sejam tomadas.
Inclusive, Haddad citou uma pesquisa que analisou um grupo de investidores que tinham e que não tinham uma assessoria de investimentos, e que o grupo com assessoria se destacou em quase 3 pontos percentuais.
Ele explicou que, mesmo com toda a estratégia usada pela assessoria na alocação de ativos, o ponto crucial para a melhor performance do grupo foi o papel do assessor “acalmando o cliente em momentos de crise e de euforia”.
Internacionalizar os investimentos é arriscado?
Seguindo com o raciocínio, o primeiro passo para atravessar uma crise é a calma e o segundo é encontrar oportunidades em meio às turbulências para amenizar os impactos. Como falamos desde o início, os investimentos no exterior são essenciais nessas estratégias.
Mas, muitas pessoas ainda pensam que internacionalizar os investimentos é arriscado. Principalmente quando falamos em dolarizar carteiras. Mas, Daniel Haddad ainda destaca que essa é uma falsa impressão, visto que “no Brasil, os mercados de renda fixa e ações estão expostos a riscos muito semelhantes, resultando em uma correlação muito alta dos ativos locais”.
E para completar, fez uma provocação: “será que faz sentido ter uma cesta de produtos que não é 100% em real e os investimentos não?”, ou seja, as pessoas consomem produtos globais, como o iphone, combustível, carne, mas os investimentos não.
O risco está exatamente aí, porque se você é um consumidor global, a desvalorização do real faz com que você perca seu poder de compra perante ao mundo, o que é muito negativo.
São muitas as opções e as diversidades de investimentos no exterior. A nossa assessoria, inclusive, conta com mais de 100 produtos disponíveis na maior plataforma do país, como BDRs, fundos internacionais, fundos cambiais, ETFs, entre outros.
Para entender o que vai se encaixar melhor nos seus propósitos e perfil de risco, tenha ao lado um assessor de investimentos. Porque, segundo o Haddad, “se você não sabe quem você é, o mercado é um lugar muito caro para descobrir”.
Para descobrir seu perfil de investidor e falar com um assessor Blue3, clique aqui.